sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Filha de Deus (Exposed) (2016) Nota: 3,0
Gênero: Suspense / Drama
Duração: 1h42
País: EUA
Direção: Gee Malik Linton (que usa o pseudônimo Declan Dale)
Elenco principal: Ana de Armas, Keanu Reeves, Christopher McDonald, Big Daddy Kane, Mira Sorvino
Nota: 3,0
Uma no cravo, outra na ferradura. Se na resenha anterior eu falei sobre um dos mais belos filmes que já vi (Interestelar), agora é hora de analisar um dos piores. O desastre chamado "Filha de Deus". Na verdade, a "culpa" do insucesso não está no roteiro ou na narrativa em si, mas sim na colcha de retalhos que a Lions Gate fez ao adquirir o filme para distribuição e editá-lo.
A ideia original dos produtores era desenvolver uma espécie de suspense com drama bilíngue (alguns personagens falam espanhol), que envolveria temas polêmicos como racismo, abuso infantil e religião, que seria uma válvula de escape para alguns atos como corrupções, mentiras e assassinatos. Vamos tentar explicar o roteiro.
O detetive Scott Galban (Keanu Reeves) investiga pistas e tenta descobrir o que há por trás da morte do seu parceiro policial, cujo corpo foi encontrado com uma faca nas costas, em uma estação de trem. Paralelamente, a narrativa nos mostra a vida de Isabel de La Cruz (Ana de Armas). Uma professora de ensino infantil, extremamente religiosa (católica fervorosa), que parece ter revelações e visões sobrenaturais sobre algumas circunstâncias.
Uma dessas visões acontece justamente nessa estação de trem, no mesmo dia do assassinato do policial. A moça vê um senhor que flutua sobre os trilhos, a cumprimenta e vai embora. As histórias dela e do detetive Scott correm de forma quase independente e se cruzam quando o policial vê uma foto de Isabel em frente à fachada de uma casa noturna. Isabel estava na balada com o cunhado, o ex-presidiário Jose de La Cruz (Ismael Cruz Cordova) e um amigo dele, com o qual esteve envolvido em uma gangue criminosa. O local fica perto da estação de trem em que o detetive foi morto.
Assim, Scott acredita que um desses personagens suspeitos possa ter envolvimento com a morte de seu parceiro e vai atrás deles. Na delegacia, o policial, no entanto, descobre que o detetive morto tinha uma conduta questionável. Ele corrompia traficantes de drogas, agia com violência desmedida e estava sendo acusado até de ser um estuprador. Mesmo assim, insiste em descobrir quem o matou, a pedido da sua viúva. Scott a alerta que todos os escândalos poderiam vir à tona e, se isso acontecesse, ela poderia perder uma série de benefícios sociais que teria com a morte do marido, como a pensão.
Determinado a resolver a questão, o detetive procura Jose de La Cruz em busca de pistas. Enquanto isso, Isabel segue tendo visões meio desconexas, como entidades que aparecem vestidas ora de branco, ora de vermelho e ora de preto, como se a cor indicasse alguma situação que iria ocorrer. Como professora, a moça tem um carinho especial por uma de suas alunas, Elisa (Venus Ariel) e desconfia que ela está sendo abusada ou violentada pelo pai.
Isabel, cujo marido está defendendo o país em uma guerra internacional, descobre que está grávida, mesmo sem ver o esposo há mais de um ano. Todos a julgam como adúltera e ela jura que o filho pode ser do espírito Santo. Já Scott não consegue encontrar pistas do crime e, depois de interrogar todos os personagens da foto, só resta a ele ir atrás de Isabel para tentar solucionar o ocorrido e chegar ao desfecho da narrativa.
Até onde pesquisei, o filme era para ser mais um drama com abordagem daqueles temas que citei acima do que propriamente um suspense policial. Keanu Reeves teria apenas uma participação como coadjuvante. No entanto, sabemos que ele que vende a bilheteria. Muita gente assiste a filmes movidos pelos atores que os estrelam.
Por isso, a Lions Gate editou o filme original, na tentativa de transformar Keanu Reeves no protagonista da trama. Resultado: a história ficou sem pé nem cabeça, toda retalhada. O roteiro parece não fazer sentido algum, totalmente largado, abandonado e pessimamente amarrado. Uma verdadeira porcaria. As cenas são completamente desconexas e o final tenta juntar os cacos soltos sem nenhum sucesso.
Ou seja, o filme original, que tinha alguma chance de ser apenas um razoável suspense policial com drama, virou um Frankenstein após as edições. Mal acabado, mal explicado, mal resolvido. Um trabalho muito mal feito, sem cuidado algum! Tanto é que, se você der uma observada na ficha técnica, o diretor, Gee Malik Linton, ficou tão envergonhado do resultado final que não quis assinar os créditos, colocando um nome de pseudônimo, Declan Dale! Preciso falar mais?! Nota 3,0 para ser bonzinho! rsrsrs Não recomendo! Um forte abraço!
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sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Interestelar (Interstellar) (2014) Nota: 9,4
Gênero: Ficção Científica (espacial) / Drama
Duração: 2h49
País: EUA
Direção: Christopher Nolan
Elenco principal: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Jessica Chastain, Bill Irwin, Mackenzie Foy, Matt Damon, John Lithgow, Michael Caine
Nota: 9,4
Um dos filmes mais lindos, belos e bem feitos que já vi na vida! Um roteiro primoroso, detalhado, espetacularmente bem amarrado! Quem imagina que é mais um daqueles filmes bobos de ficção científica, com coisas inimagináveis, alienígenas, armas lasers, ENGANA-SE redondamente! A narrativa é uma verdadeira ode ao amor! Sim, ao AMOR! Uma ficção científica possível, realista, pés no chão, eu diria.
O roteiro começa de um ponto perfeitamente plausível nos dias atuais. A inabitabilidade da Terra por conta do consumo desmedido dos recursos naturais, que já se tornaram escassos. Assim, a NASA prepara uma missão ultrassecreta com um grupo de astronautas.
A tarefa deles é explorar outros planetas fora do Sistema Solar para verificar a possibilidade de receberem a população da Terra. Uma espécie de nova colonização, que asseguraria a propagação e a continuação da nossa espécie, então ameaçada em um planeta praticamente esgotado em recursos.
O ex-piloto e astronauta Cooper (Matthew McConaughey), pai de dois filhos (um menino e uma menina) é convocado para liderar a missão. Ele sabe que a situação envolve um grande risco: o de nunca mais ver seus pequenos. Isso porque as viagens ao espaço levam muitos anos.
Cooper reluta em aceitar o trabalho e "abandonar" as crianças, mas sabe que a continuidade da espécie humana depende dessa missão. Pelo bem de todos, ele aceita. Brand (Anne Hathaway), Jenkins (Marlon Sanders) e Doyle (Wes Bentley) são os outros astronautas que compõem o grupo.
Ao conversar com o cientista e professor da NASA, John Brand (Michael Caine), o grupo toma conhecimento de algumas imagens que mostram um buraco de minhoca (espécie de dobradura no espaço/tempo) aberto perto de Saturno. Esse atalho encurtaria a viagem em alguns anos e poderia levar os missionários a novos planetas em outros sistemas que ofereceriam condições de receber os humanos.
Algumas missões que tinham sido enviadas anos antes, mandaram sinais de três possíveis planetas habitáveis. Mas os astronautas perderam a comunicação com a Terra e nunca mais voltaram. Estes sinais, no entanto, continuavam a ser enviados por suas respectivas naves.
Assim que a missão entra em curso, os astronautas visitam alguns planetas e, enquanto o tempo passa normalmente para as pessoas na Terra, ele se mantêm jovens no espaço. Cooper recebe mensagens da filha, Murphy (Jessica Chastain) já adulta, embora ele continue com a mesma aparência que tinha quando saiu para a missão. A garota agora também trabalha como cientista da NASA e tenta ajudar o pai na missão.
O diretor Cristopher Nolan (que também dirigiu A Origem) explora bem a relatividade do tempo no espaço e na Terra. E mostra a angústia de um pai que, aparentemente, não envelhece, enquanto vê a filha envelhecer. A angústia fica maior quando os astronautas tentam se comunicar com os familiares deixados na Terra, por meio de vídeos que demoravam muito tempo para serem enviados e recebidos. Em um dado momento, os tripulantes da nave perdem contato com a Terra e passam apenas a receber as mensagens, sem conseguir respondê-las.
Assim, o filme dialoga com o amor que, para o diretor Nolan, é a única mola propulsora capaz de transcender espaço e tempo nessa conversa de um lado só, numa missão inglória que parece que nunca terá fim. Na visita aos planetas, a aventura se intensifica e, a partir daqui, paro de contar, pois a sequência e o final são deslumbrantes, de tirar o fôlego! Fica para você a descoberta. Será que os astronautas descobrem um novo planeta habitável? Eles conseguem voltar à Terra? Em que condições encontrarão seus parentes, após muitos anos terem passado?
Reforço! O filme é uma ode ao amor! É uma ficção científica plausivelmente realista e com pés no chão! Sem tanta pirotecnia, mas com uma dose na medida certa de reflexão sobre o mundo, sobre as pessoas que amamos, sobre o futuro do nosso meio ambiente e sobre o que já conhecemos e o que não conhecemos do espaço.
Nada é feito na narrativa por acaso e até as formas do buraco de minhoca e do buraco negro são baseadas em fórmulas físicas existentes! Cientistas foram contratados como consultores e deram grande apoio para que tudo parecesse o mais próximo possível da nossa realidade. Um filme extraordinário! Uma verdadeira obra-prima! Merece 9,4 com louvor! Porém, alerto, tem 2h49 de duração. Para mim, não deu nem pra sentir. O tempo passou como se fosse meia hora. Mas é bom nem começar a ver se estiver cansado ou com sono. O filme exige concentração! Um forte abraço.
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quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Esquadrão Suicida (Suicide Squad) (2016) Nota: 5,0
Gênero: Ação / Aventura / Herói (Marvel)
Duração: 2h10
País: EUA
Direção: David Ayer
Elenco principal: Will Smith, Margot Robbie, Jared Leto, Jai Courtney, Cara Delevingne, Viola Davis, Jesse Eisenberg
Nota: 5,0
Post dedicado à amiga Luciane Bruno, que propôs este filme para nosso recém-formado grupo de cinema. Heróis não fazem meu gênero favorito de filmes, mas, já assisti alguns e gostei muito, como os dois do Capitão América, os dois do Thor, Lanterna Verde, os dois dos Vingadores, Wolverine, Transformers, entre outros.
Dentre todos esses, Esquadrão Suicida foi o que mais me decepcionou! Antes dos argumentos, a história. Na esteira de Batman versus Superman, temerosa de um possível ataque ao presidente dos Estados Unidos, a agente Amanda Waller (Viola Davis) acredita que o governo nacional precisa se preparar e se precaver contra tudo. Até mesmo contra investidas terroristas de um possível herói.
Assim, ela monta uma equipe de "meta-humanos" formada apenas por vilões e bandidos para combater as ameaças. Os vilões são forçados a executarem as missões graças a um chip explosivo colocado em seus pescoços (ou ajudam o governo ou morrem) e também em troca da redução das penas que estão cumprindo. O grupo recebe o nome de Esquadrão Suicida. O filme gasta, no mínimo, uns 20 minutos ou mais, só explicando quem são os personagens que, inicialmente, integram o grupo. Algo extremamente maçante!
Porém, uma das integrantes, a bruxa Magia (Cara Delevingne), foge, consegue encontrar o irmão e, graças a poderes sobrenaturais, quer dominar o mundo e espera que todos se curvem diante dela. Então, os vilões são convocados para combatê-la.
A história contada aqui, em poucas linhas, por escrito, modéstia à parte, é melhor do que a narrativa do filme. O roteiro é fraquíssimo, precariamente amarrado, com pontas soltas. Em alguns momentos, a sequência de cenas parece uma verdadeira colcha de retalhos mal costurada. O argumento (aquilo que motiva os personagens a partirem para a ação e tomarem as atitudes para que a narrativa se desenrole) é muito mal explorado e nada detalhado.
Os diálogos são míseros e sem criatividade. As cenas de ações são extremamente previsíveis e os cenários muito simplórios, deixando o filme um tanto monótono. Mesmo com as explosões e tiros que dominam praticamente 90% da história.
Muita gente reclamou que o Curinga apareceu pouco. Achei que teve o espaço que devia. As únicas coisas que salvaram em parte o pobre filme foram as atuações de Will Smith, como Pistoleiro e Margot Robbie, como Arlequina. De resto, infelizmente, não dá para aproveitar muita coisa.
Apesar disso, nunca recomendo a alguém que não vá assistir a um filme. Eu apenas digo minha opinião para que a pessoa possa fazer sua própria avaliação se deve ou não ir. Até para criticar a gente precisa ver as histórias, não é?!
O que posso dizer é que não gastaria 28 reais numa entrada inteira para ver um filme como esses! Fazia muito tempo que não ia ao cinema (sim, adoro ver os filmes no sofá de casa! hehehehe). Fui pela amizade e pela companhia! Isso sim, valeu! Aliás, quase todo programa fica divertido quando se está entre verdadeiros amigos. Mas, não posso ser omisso na análise. Vai levar a nota 5,0 e está de ótimo tamanho. Um forte abraço.
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segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Os Suspeitos (Prisoners) (2013) Nota: 8,7
Gênero: Suspense / Policial / Drama
Duração: 2h33
País: EUA
Direção: Denis Villeneuve
Elenco principal: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Viola Davis, Maria Bello, Terrence Howard, Melissa Leo, Paul Dano
Nota: 8,7
Filme excelente, do gênero de que mais gosto: SUSPENSE! Com um pouco de viés policial. Uma narrativa com muitas reviravoltas e que provoca misturas de sentimentos nos espectadores. Os Suspeitos conta a história de dois casais que têm as respectivas filhas pequenas sequestradas.
O pai, Keller Dover (Hugh Jackman) e sua esposa Grace (Maria Bello) vão a um almoço de Ação de Graças na casa dos amigos, Franklin (Terrence Howard) e Nancy Birch (Viola Davis). As crianças então vão brincar na rua e passam perto de um carro (uma espécie de furgão) aparententemente suspeito que está estacionado na vizinhança. Há som de música vindo do carro, o que faz o espectador acreditar que há alguém dentro. Mais tarde, os pais de meninas Anna Dover e Joy Birch dão pela falta das duas.
A polícia é acionada e envia o detetive Loki (Jake Gyllenhaal) para assumir o caso. As pessoas da vizinhança desconfiam que Alex Jones (Paul Dano), possa ser o autor dos sequestros. Ele é reconhecido como o motorista do furgão. Alex é um rapaz estranho, que fala pouco, baixo, com voz fina e tem o olhar meio perdido. Ao ser interrogado por Loki, a polícia descobre que Alex tem problemas mentais e apresenta o QI igual ao de uma criança de dez anos. Assim, o detetive o libera, acreditando que não foi ele que sequestrou as meninas.
Alex mora com a tia Holly Jones (Melissa Leo), supostamente abandonada pelo marido. Ela conta que o cunhado e a namorada, pais biológicos do rapaz, morreram num acidente automobilístico quando ele tinha seis anos e ela ficou com sua tutela. Loki vai até a casa de Holly Jones em busca de pistas, mas não encontra nada.
Diante da falta de provas para prender Alex, Dover fica revoltado, insano. Não se conforma e acredita que o rapaz está envolvido nos crimes. Decide, então, investigar por conta própria e com métodos nada ortodoxos. Enfurecido e desesperado por causa do sumiço da filha, Dover sequestra Alex. O mantém em cativeiro por vários dias e o tortura violentamente para que o rapaz ou confesse o crime ou dê alguma pista de onde as meninas poderiam estar. Mas não obtém uma resposta sequer.
Aí começa a parte reflexiva da história. Neste momento o espectador se vê diante de uma mistura de sentimentos. O sumiço das meninas causa tensão e atormenta Dover e Franklin (pai de Joy). Mas como justificar uma possível "torcida" para um pai que tortura um rapaz com problemas mentais? Ele tem razão em fazer isso? Alex sabe de algo? As torturas são sempre feitas em nome de Deus, com a oração do Pai Nosso. É legítimo entender o que Dover está fazendo para resgatar sua filha? Qual o limite entre a justiça policial, a divina e a dos homens? Torturar também não é crime? Como diz Maquiavel, "todos veem o que você parece ser, poucos veem o que você realmente é"!
As mães aprovariam tal atitude? Franklin conta para Nancy. Surpreendentemente, ela aprova o que Dover faz. Só pensa em ter a filha de volta. Não importa o que deva ser feito para isso! O filme mostra pais colocados à prova que, transtornados, aprovam até crimes cometidos por eles mesmos para solucionarem outro delito. Para qual "criminoso" você torceria? Os fins justificam os meios?
No decorrer da história, Loki investiga outros suspeitos dos crimes e consegue novas pistas. Até que o fim é surpreendente! De tirar o chapéu! O título original do filme é "Prisoners" (Prisioneiros). Pois é exatamente isso que o diretor tenta passar. Todos na narrativa ficam prisioneiros de alguma forma. Uns da polícia, outros dos traumas que apresentam, outros de sentimentos de raiva, outros da situação e de um sequestro que parece não ter solução.
São duas horas e meia de duração. O roteiro muito bem construído e amarrado faz com que o espectador mantenha a tensão e atenção constantes. Vale muito a pena assistir! Um forte abraço.
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quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Amor (Amour) (2012) Nota: 6,7
Gênero: Drama
Duração: 2h07
País: FRA
Direção: Michael Haneke
Elenco principal: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert
Nota: 6,7
Post dedicado à minha amiga Mismam (nome de origem grega, gente finíssima!), que adora cinema alternativo. Eu também curto, mas ainda sou mais "hollywoodiano", admito. Ela não. Totalmente alternativa. Adora cinema iraniano. Mas também curte filmes franceses, argentinos e alemães.
Amour eu assisti por indicações. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2012. É o que costumo chamar de DRAMA DENSO. Escrito em maiúsculas! Porque é um senhor drama! Não cogite sequer a possibilidade de assistir Amour se a sua intenção for ver uma história bonitinha de amor idealizado, paixão e romance entre duas pessoas. O que se vê no filme é o amor real, do dia-a-dia. Principalmente aquele tipo de amor que o padre diz para termos pelo companheiro "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença".
O filme é francês, não tem pirotecnia, é calmo e os personagens falam sempre baixo. Não assista se estiver com sono! Pois é preciso prestar atenção para respirar a atmosfera e "entrar na história". É a narrativa da vida de um casal de idosos aposentados, Anne e Georges, ex-professores de piano, que amam música. Um dia, durante um café da manhã, Anne sofre um AVC (ou derrame). Depois de alguns exames, os médicos acham melhor fazer uma cirurgia na carótida.
A intervenção cirúrgica deixa sequelas e Anne tem o lado direito paralisado. Ou seja, começa a ficar dependente do marido para fazer coisas simples que antes executava sozinha. Mas o faz prometer que nunca a levaria de volta ao hospital ou a internaria em uma casa de repouso. O filme começa a mostrar o sofrimento diário de ambos e, enquanto o espectador espera uma melhora de Anne, ela tem um segundo AVC e fica quase totalmente paralisada.
Dessa forma, Georges tem de cuidar da esposa como se fosse um bebê... dar comida na boca, banho, levar ao banheiro, etc. Ele chega a contratar duas enfermeiras para cuidarem de Anne. Ao saber que uma delas a maltrata, ele as demite e desiste da ideia. A situação começa a ficar sufocante para ambos. Mesmo assim, Georges não abandona a esposa que, cansada da vida, pede para que o marido a mate. Mas ele reluta em fazer algo tão duro e ao mesmo tempo intenso e grandioso por amor.
Este retrato do amor maior, quase incondicional, vale como reflexão e lição para muitos casais que pretendem envelhecer juntos. E suscita uma autoavaliação sobre qual nossa real capacidade de amar. Amar o belo é fácil. Mas será que eu amaria minha companheira se ela ficasse tetraplégica? Ou sem um membro, como um braço ou uma perna? Ou com amnésia? Ou com limitações físicas? É uma simbologia muito forte e muito bem retratada, reafirmo, de modo denso, intenso. Vale a nota 6,7! Um grande abraço.
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segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Mera Coincidência (Wag The Dog) (1997) Nota: 8,8
Gênero: Mídia / Comunicação / Cinema / Publicidade / TV / Suspense
Duração: 1h35
País: EUA
Direção: Barry Levinson
Elenco principal: Dustin Hoffman, Robert De Niro, Anne Heche, Denis Leary, William H. Macy, Willie Nelson
Nota: 8,8
Conversava esses dias com uma amiga do trabalho, Jalu Malaquias, grande amante do jornalismo e da fotografia de coberturas de guerra, a quem dedico este post. Ela me contava da ótima ideia que tivera para um texto: listar, compilar e comentar alguns títulos de filmes destinados ao jornalismo. Falamos, inclusive, do vencedor do Oscar de 2016, já retratado aqui neste blog: Spotlight.
Durante nosso bate-papo, lembrei-me de um que é destinado aos amantes da comunicação, em especial a quem curte as áreas de TV, Marketing, Cinema e Publicidade e Propaganda. Embora também aborde, em menor grau, o jornalismo. Trata-se do filme Mera Coincidência, com Robert De Niro e Dustin Hoffman. Para quem curte comunicação, é obrigatório assistir!
No entanto, ao contrário de Spotlight, acredito que Mera Coincidência não seja um filme apenas de nicho. Seu viés é mais amplo e alerta as pessoas para algumas farsas que podem ser produzidas pela mídia (naquela época, mais a TV, meio de comunicação que ainda seduz muito o público), nas quais a massa acaba acreditando.
Antes da internet, a TV reinava, como uma caixa mágica de sonhos, fantasias, ilusões e... verdades! Tenho certeza de que você conhece alguém que já falou algo mais ou menos assim: "Fulana, você viu? Aconteceu tal coisa!" A Fulana responde: "Mas como você sabe que isso é verdade?" "Sim, eu sei! Deu na TV!" Ou então: "Deu no Jornal Nacional!"
Basicamente, é disso que Mera Coincidência trata. Feito em 1997, numa época em que não havia acesso à internet e telefones celulares. A TV era (ainda é!) o grande veículo de entretenimento e informação da maior parte da massa. Ou seja, o que passava ali era absolutamente confiável! Verdade pura, irrefutável! (sabemos que não...)
Veja se a história lhe parece familiar. O presidente dos Estados Unidos se encontra envolvido em um escândalo sexual, poucos dias antes da eleição. Com medo de não ser reeleito e precisando limpar a imagem, ele pede que seu assessor, Conrad Brean (Robert De Niro), secretamente, entre em contato com um produtor de Hollywood, Stanley Motss (Dustin Hoffman) para que ele crie algo que possa servir como uma cortina de fumaça e desviar a atenção do público dos fatos do escândalo.
A "notícia do momento" seria uma guerra contra a Albânia, produzida em estúdio, com efeitos especiais, trilha sonora, como um filme que concorresse ao Oscar. O boato da guerra é espalhado para a massa. Motss e a equipe de Brean roteirizam e gravam cenas, liberando-as para a mídia que, focada apenas nos fatos aparentes, sem apuração profunda (o filme não deixa claro se, por interesse ou ignorância), noticia tudo sobre a guerra e o público praticamente esquece o escândalo.
Acontece que a CIA descobre a farsa e pressiona o presidente a acabar com a situação. O presidente vem a público e diz que a CIA confirma o fim do "conflito". Assim, a equipe de Motss é obrigada a finalizar a guerra. Mas, com isso, os holofotes se voltam novamente para a divulgação daquele quase esquecido escândalo presidencial. Motss então inventa uma espécie de "extensão do conflito", uma continuidade, com rescaldos da guerra, como uma novela.
Recorrem ao Departamento de Operações Especiais de Oklahoma e pedem que mandem alguém que saiba como se portar em operações especiais para representar um soldado que é esquecido na Albânia. Ele seria um mártir que teria ficado para trás, como um sapato velho, tema de nova trilha sonora produzido pela equipe de Motss. O soldado teria sérios ferimentos e sairia da guerra como herói. Tudo é encenado e, novamente, os holofotes se voltam para o tal soldado, deixando o escândalo presidencial para trás.
Mas Oklahoma manda para desempenhar o papel um presidiário perturbado, que só fica bem à base de remédios. O detento causa vários problemas ao andamento do roteiro e, a partir daqui, paro de contar a narrativa em detalhes, pois o final do filme reserva ótimas surpresas! Fica para você, amigo leitor deste blog, descobrir que fim levou o soldado. E o presidente? Foi ou não reeleito? Alguém descobrirá o trabalho do produtor de Hollywood por trás de tudo?
A produção vale muito como reflexão sobre manipulação da massa pela mídia e pelos meios de comunicação de maneira geral. Antes, a TV exercia mais esse papel. Hoje, a internet já começa a trilhar o mesmo caminho. Um último ponto: destaque para a participação de Willie Nelson como produtor das trilhas sonoras da equipe de Motss. Notaça 8,8! Vale demais a pena assistir! Um forte abraço.
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Zootopia: Essa Cidade é o Bicho (Zootopia) (2016) Nota: 7,8
Gênero: Animação
Duração: 1h48
País: EUA
Direção: Byron Howard, Rich Moore
Elenco principal: Ginnifer Goodwin, Jason Bateman, Shakira, Idris Elba, J.K. Simmons, Jenny Slate, Nate Torrence, Raymond S. Persi, Alan Tudyk, Bonnie Hunt, Don Lake, Octavia Spencer, Tommy Chong, Tommy Lister, Jesse Corti
Nota: 7,8
Uma animação muito bacana da Disney. Conta a história da coelhinha Judy Hopps que, desde menina, sonha em ser policial na cidade de Zootopia, um local em que todos os animais (antropomorfizados, andando em duas patas) vivem em harmonia, sejam predadores ou presas, grandes, médios ou pequenos.
Judy forma-se na academia de polícia, depois de ter de enfrentar muitos obstáculos, já que só os animais de grande porte eram policiais. Ao chegar na delegacia, o chefe da polícia (Chefe Bogo), dá a ela a função de guarda de trânsito, o que a deixa triste, pois Judy queria combater o crime e não aplicar multas por conta de parquímetro vencido em locais de estacionamento.
Durante suas tarefas, conhece Nick Wilde, uma raposa matreira e golpista que acaba se tornando seu amigo e parceiro. Na delegacia, Judy se depara com o caso de 14 mamíferos desaparecidos e quer muito investigar o sumiço de uma lontra, Emmitt, marido da senhora Otterton. O Chefe Bogo, então, dá a ela 48 horas para solucionar o desaparecimento dele, sem pistas e nenhuma ajuda.
Judy convence Nick a ajudá-la na empreitada. Durante as investigações, eles descobrem que os mamíferos desaparecidos estão presos numa espécie de laboratório científico e se tornaram selvagens. Vários predadores começam a se tornar selvagens em Zootopia e resolvem atacar as presas. É o fim da paz e o início da desordem na cidade.
A partir daí, Judy e Nick tentam descobrir, a todo custo, a razão para isso estar acontecendo. Desconfiam até que o prefeito tenha alguma participação escabrosa. Eles continuam a investigar até solucionar o mistério. Bom roteiro, bons gráficos. É um filme bem "bonitinho" para ver com a criançada ou a "adultada"... hehehe. Vale a nota 7,8. Um forte abraço.
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