quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Amor (Amour) (2012) Nota: 6,7




Gênero: Drama
Duração: 2h07
País: FRA
Direção: Michael Haneke
Elenco principal: Jean-Louis Trintignant, Emmanuelle Riva, Isabelle Huppert
Nota: 6,7

Post dedicado à minha amiga Mismam (nome de origem grega, gente finíssima!), que adora cinema alternativo. Eu também curto, mas ainda sou mais "hollywoodiano", admito. Ela não. Totalmente alternativa. Adora cinema iraniano. Mas também curte filmes franceses, argentinos e alemães.

Amour eu assisti por indicações. Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro de 2012. É o que costumo chamar de DRAMA DENSO. Escrito em maiúsculas! Porque é um senhor drama! Não cogite sequer a possibilidade de assistir Amour se a sua intenção for ver uma história bonitinha de amor idealizado, paixão e romance entre duas pessoas. O que se vê no filme é o amor real, do dia-a-dia. Principalmente aquele tipo de amor que o padre diz para termos pelo companheiro "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença".

O filme é francês, não tem pirotecnia, é calmo e os personagens falam sempre baixo. Não assista se estiver com sono! Pois é preciso prestar atenção para respirar a atmosfera e "entrar na história". É a narrativa da vida de um casal de idosos aposentados, Anne e Georges, ex-professores de piano, que amam música. Um dia, durante um café da manhã, Anne sofre um AVC (ou derrame). Depois de alguns exames, os médicos acham melhor fazer uma cirurgia na carótida.

A intervenção cirúrgica deixa sequelas e Anne tem o lado direito paralisado. Ou seja, começa a ficar dependente do marido para fazer coisas simples que antes executava sozinha. Mas o faz prometer que nunca a levaria de volta ao hospital ou a internaria em uma casa de repouso. O filme começa a mostrar o sofrimento diário de ambos e, enquanto o espectador espera uma melhora de Anne, ela tem um segundo AVC e fica quase totalmente paralisada.

Dessa forma, Georges tem de cuidar da esposa como se fosse um bebê... dar comida na boca, banho, levar ao banheiro, etc. Ele chega a contratar duas enfermeiras para cuidarem de Anne. Ao saber que uma delas a maltrata, ele as demite e desiste da ideia. A situação começa a ficar sufocante para ambos. Mesmo assim, Georges não abandona a esposa que, cansada da vida, pede para que o marido a mate. Mas ele reluta em fazer algo tão duro e ao mesmo tempo intenso e grandioso por amor.

Este retrato do amor maior, quase incondicional, vale como reflexão e lição para muitos casais que pretendem envelhecer juntos. E suscita uma autoavaliação sobre qual nossa real capacidade de amar. Amar o belo é fácil. Mas será que eu amaria minha companheira se ela ficasse tetraplégica? Ou sem um membro, como um braço ou uma perna? Ou com amnésia? Ou com limitações físicas? É uma simbologia muito forte e muito bem retratada, reafirmo, de modo denso, intenso. Vale a nota 6,7! Um grande abraço.

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