terça-feira, 13 de setembro de 2016

A Origem (Inception) (2010) Nota: 9,0





Gênero: Ficção Científica / Ação / Drama / Suspense
Duração: 2h28
País: EUA
Direção: Christopher Nolan
Elenco principal: Leonardo DiCaprio, Ken Watanabe, Joseph Gordon-Levitt, Marion Cotillard, Ellen Page, Tom Hardy, Cillian Murphy, Tom Berenger, Michael Caine
Nota: 9,0

Como disse aqui, no post de apresentação deste blog, não costumo me apegar a nomes de diretores ou atores. Para mim, o que interessa, de fato, são as histórias dos filmes. Porém, tenho de admitir que os trabalhos do diretor Christopher Nolan são absolutamente primorosos. Foi assim em Interestelar, em A Origem, além de Amnésia, Batman Begins e Batman - O Cavaleiro das Trevas. A Origem é um filme brilhante sobre um aspecto da mente humana, com uma narrativa e um enredo envolventes.

Nem parece que o filme tem quase duas horas e meia de duração. Vamos ao resumo da história. Dom Cobb (Leonardo DiCaprio) e seu parceiro Arthur (Joseph Gordon-Levitt), são mestres na arte de invadir os sonhos das pessoas. Neles, aproveitam para obter informações sigilosas ou extrair segredos industriais, por exemplo. Por isso, são contratados com frequência para executar esse tipo de trabalho.

Neste filme, eles são contratados por um empresário japonês, Saito (Ken Watanabe), para, através dos sonhos, realizarem algo que nunca haviam tentado. Em vez de extrair um segredo, Saito pede que eles  insiram, plantem uma ideia na mente de seu principal concorrente nos negócios, Richard Fischer (Cillian Murphy), o herdeiro de um grande império econômico. A ideia, que seria, em tese, originada na própria mente dele, o faria desistir de determinado ramo de atividade e desmembrar o império, eliminando a concorrência com Saito. Poderoso, Saito promete a Cobb que, em troca do trabalho, limparia sua ficha criminal, que estava suja e impedia que o rapaz retornasse aos Estados Unidos para ver seus filhos.

Cobb é considerado foragido por suspeita de assassinato da própria esposa, Mal (Marion Cotillard). No início do filme, não fica claro como e se isso teria mesmo acontecido. Por conta da situação, ele carrega um trauma. Memórias da esposa falecida atormentam sua mente e, muitas vezes, impedem sua concentração no trabalho.

Usando a estratégia dos "sonhos lúcidos" na narrativa, Nolan estabelece algumas regras para o telespectador entender se os personagens estão sonhando ou se estão no mundo real. A dor, por exemplo, é sentida no sonho. Mas a morte faz com que a pessoa desperte. Outra coisa importante: os personagens carregam consigo um objeto chamado de totem, feito no mundo real, para saber se estão sonhando ou se estão acordados. Mais um conceito relevante: é possível que haja camadas (graus) de sonhos, com um sonho dentro de outro. Se a pessoa morre nessas camadas mais profundas, não consegue acordar e fica no limbo, vivendo eternamente no sonho.

A aventura e a ação se passam nesses vários graus de sonhos, fazendo com que, algumas vezes, eles  atinjam o terceiro grau. Ou seja, para desarmar a mente de Fischer, que tem treinamento contra os ladrões de sonhos, é preciso que se produza um sonho, dentro de um sonho, dentro de outro sonho. Para isso, Cobb conta com a ajuda da arquiteta de sonhos, Ariadne (Ellen Page) e de Eames (Tom Hardy), que consegue mudar de aparência física nos sonhos, tomando a forma de outras pessoas. Por exemplo, em dado momento da narrativa, Eames se transforma no padrinho de Fischer, em quem ele confia, para tentar extrair informações.

Quando o pai de Fischer, já em estado terminal, morre, o filho Richard vai pegar um voo para Los Angeles para resolver os trâmites burocráticos. Neste momento, a equipe de Cobb consegue sedá-lo no avião e entra em seus sonhos enquanto ele e, obviamente, todos, dormem durante a viagem. E aí a história se desenrola.

Repito: enredo e narrativa primorosos. Exigem atenção e concentração do telespectador para entender a história. Um filme cerebral, digno dos investimentos iniciais de 160 milhões de dólares pagos pela Warner e pela Legendary Pictures. E digno também da arrecadação de mais de 820 milhões de dólares de bilheteria. Merecedor de cada uma das quatro categorias que venceu no Oscar de 2011 (melhor fotografia, melhores efeitos visuais, melhor edição de som e melhor mixagem de som). A fotografia e a trilha sonora (composta por Hans Zimmer), realmente, são obras-primas.

A Origem mistura ação, aventura, suspense, drama e ficção científica de uma maneira formidável, com os estilos e elementos minuciosamente bem encaixados, numa história que prende a atenção do público e tira o fôlego do início ao fim! Belíssima obra! Para quem não viu, recomendo! Impossível não gostar! Baita filme! Nota 9,0. Um forte abraço!

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