quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O Bem Amado (2010) Nota: 7,0





Gênero: Comédia / Drama / Literatura
Duração: 1h47
País: BRA
Direção: Guel Arraes
Elenco principal: Marco Nanini, José Wilker, Maria Flor, Caio Blat, Andréa Beltrão, Drica Moraes, Zezé Polessa, Matheus Nachtergaele, Bruno Garcia, Tonico Pereira, Edmilson Barros
Nota: 7,0

Hoje vou dar a dica de um filme nacional. Confesso que é muito difícil eu ver um filme brasileiro que me agrade. Mas até gosto de alguns, como Carandiru, Cidade de Deus, Deus é Brasileiro e este, que vou relatar aqui: O Bem Amado.

A história, baseada na obra de Dias Gomes, praticamente todo mundo conhece. Zeca Diabo (José Wilker), assassinou o último prefeito da cidade de Sucupira e, agora, o cargo está vago. Haverá eleições e dois concorrentes polarizam a disputa pela vaga. O "capitalista" Odorico Paraguaçu (Marco Nanini), um burguês, com boa lábia e o "socialista/comunista" Vladimir (Tonico Pereira), dono do jornal mais conhecido da cidade, "A Trombeta".

Sem um cemitério próprio, o corpo do prefeito assassinado teve de ser enterrado em outra cidade, causando incômodo e desconforto aos familiares e à população "sucupirense". Com a promessa de construir um cemitério para que as pessoas não precisem sair da cidade para enterrar seus mortos, Odorico Paraguaçu é eleito. Ele constrói o cemitério e rumores dão conta de que a obra teria sido superfaturada. Para mostrar a utilidade do cemitério, Odorico espera desesperadamente que alguém morra para que ele possa inaugurar a obra.

Mas, ninguém na cidade morre. Odorico, então, que enfrenta sempre a forte oposição da imprensa comandada por Vladimir, tenta, de todas as formas, fazer com que alguém morra para inaugurar o famigerado cemitério. Ele chega a levar um moribundo para a cidade, Ernesto, uma espécie de parente distante das irmãs Cajazeiras, Dulcinéia (Andréa Beltrão), Judicéia (Drica Moraes) e Dorotéia (Zezé Polessa).

As três moças, solteironas encalhadas, apoiam o prefeito Odorico e tentam fisgar o homem para se casar ccom ele. Todas tentam e nenhuma consegue. Enquanto isso, Ernesto, que então estava nas últimas, envolve-se com Judicéia, que cuida dele. O rapaz então recupera-se, fica curado e forte como um touro.

Sem o defunto esperado, Odorico recorre ao matador de aluguel, Zeca Diabo. Mas o "cabra" agora é homem direito. Disse que largou a vida de assassino, virou religioso e só mataria alguém por convicção de que o sujeito não presta ou é mau caráter. Assim, o cangaceiro não mata ninguém. Desesperado diante do cemitério elefante branco e vendo sua popularidade ir pelo ralo diante da oposição socialista, Odorico tenta de todas as formas conseguir um defunto para enterrar. E consegue apenas no fim da narrativa, de um modo, digamos, bem curioso e inusitado.

Vale demais o destaque para a atuação do Marco Nanini. É um ator com talento raro! Deu vida ao caricato Odorico Paraguaçu de uma maneira realmente divertida. Representa bem os políticos demagogos, com promessas vãs. O bom humor, aliás, é a tônica do filme, que ainda tem boas interpretações de Zezé Polessa, Andréa Beltrão e o sempre bom Tonico Pereira. É um filme curto e bem leve de assistir! Recomendo! Nota 7,0! Um forte abraço!

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